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isabelle.
ou
poeira estelar.
ou
gelo fino, fino, fininho.

passos.
silêncio.
coração.

canções de gente solitária.

thin ice.

imagem.

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terça-feira, outubro 31, 2006

eu estou vendo-a lá sentada no canto do bar e duvido que esteja a esperar um homem somente seu. a vida dessa daí oscila em busca de um equilíbrio utópico, evitando extremos e qualquer espécie de beleza não exposta em uma daquelas vitrines que sempre tive vontade de destruir só pela satisfação de destruir o que me provoca.

pois bem, fraca do jeito que parece... eu com meu cigarro recém-aceso, ela com seu café cheio de adoçante. a fumaça da nicotina parecia abafar o perfume de seu cabelo bem-lavado e se misturar ao vapor de café que queima a língua, me senti tão próxima da coitada. acabei levantando e me sentei em sua mesa, de uma forma masculina demais, acho até que lhe assustei. seu olhar, agora preso em mim, havia permanecido morto por minutos longos e sem pressa. "essa gente sempre se sente ameçada, se assusta até com a própria sombra", pensei. eu estava prestes a começar a falar grosso para magoar uma completa desconhecida, mas permaneci quieta, curiosa. quem estava se sentindo ameaçada ali era eu.

nessa hora me senti tão pálida, opaca, com inveja da simplicidade daquela mulher sentada frente a mim, de suas bochechas naturalmente avermelhadas. enquanto parecia satisfeita com o senso comum formando suas idéias apagadas, ali estava eu, que com toda minha vivência parecia haver apenas destruído sem reconstruir. a mulher a qual observava escolheu uma vida simples, já eu decidi construir até o fim de meus dias. "e a minha casa continuará incompleta, sem janela, sem porta. sem ar circulando", pensei. pensei e entrei em contradição logo depois, pois estava prestes a sair raivosa sem nada dizer, sem sequer pagar, antes que ela me perguntasse "o que foi? o que está olhando? gostou do meu vestido, quer saber onde o comprei?", mas acabei por sorrir primeiro. paguei o que devia e saí andando calmamente, em paz.

aceitei minha casa em que buracos na parede se tornavam janelas para assistir ao céu quando não conseguia dormir. aceitei o teto que pingava, a chuva molhando a mobília. me rendi a mim mesma, sorrindo. minha liberdade existia.

10:46 AM
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