<BODY><!-- --><div id="b-navb script:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!--function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);}--></script><div id="space-for-ie"></div><!-- --><div id="b-navb script:BlogThis();" id="b-blogthis">BlogThis!</a></div></form></div><script type="text/javascript"><!--function BlogThis() {Q='';x=document;y=window;if(x.selection) {Q=x.selection.createRange().text;} else if (y.getSelection) { Q=y.getSelection();} else if (x.getSelection) { Q=x.getSelection();}popw = y.open('http://www.blogger.com/blog_this.pyra?t=' + escape(Q) + '&u=' + escape(location.href) + '&n=' + escape(document.title),'bloggerForm','scrollbars=no,width=475,height=300,top=175,left=75,status=yes,resizable=yes');void(0);}--></script><div id="space-for-ie"></div>

isabelle.
ou
poeira estelar.
ou
gelo fino, fino, fininho.

passos.
silêncio.
coração.

canções de gente solitária.

thin ice.

imagem.

Powered by Blogger

terça-feira, outubro 03, 2006

o enjôo piorou, ela percebeu já ao acordar. como se sentisse nojo de suas entranhas, após o pesado raciocínio de que era cheia de sangue. "piorou sim, eu sabia que iria acontecer" gritou, pois era aos berros que a idéia nascia melhor.

então o desamparo veio, de se sentir mais leve, brutalmente abandonada. cheiro metálico que abandonava seu corpo em correnteza incontrolável. "é como se meu sangue me renegasse". se encolheu sozinha na cama ainda por fazer, marcou seus braços ao apertar as unhas contra si mesma e ali ficou.

o enjôo vinha até a boca e depois dava um passo atrás, provocante. ele ainda estava lá tentando lhe enganar, mas o sangue escorria com sua falsa timidez e denunciava a morte de quem a mulher esperaria ansiosa pelos próximos nove meses, como quem busca uma salvação.

sentiu nojo, e finalmente se rendeu a ele. o nojo era seu destino, não de mulher, mas de qualquer ave a qual haviam arrancado as asas. é isso que todos nós somos. ela finalmente sentiu a dor das asas arrancadas, a consciência da carne rasgada, aquela que gerava a livre correnteza.

por alguns instantes deixou de se sentir tola, talvez fosse até melhor morrer naquele instante tão completo. mas não, continuou ali, respirando devagar. seu destino, agora de mulher, era sofrer tendo um filho, ver o que seu próprio sangue havia criado.

e ali, após dias que se tornavam meses e que timidamente formavam seus últimos anos, ao ver a cabeça de sua cria saindo para o mundo, morreu. pariu a menina e morreu, a cabeça caída de lado. dormiu para sempre de tanto cansaço.

11:31 AM
$